É, pois é... Hoje o dia não foi lá muito agradável em alguns sentidos, em compensação aconteceram fatos que me deram o que pensar...
Minha irmã está grávida e hoje era o dia da consulta do pre-natal, então eu como uma tia babona e coruja resolvi ir com ela ao consultório médico para saber tudo a respeito do meu sobrinho(a). Chegando ao consultório, percebemos a super lotação do local. Haviam no mínimo umas 15 pessoas no hall do consultório, esperando a secretária chegar para organizar e saber quem tinha chegado primeiro e todo resolver aquele processo. Até aí tudo bem, mas quando a moça chegou que todas as 15 (ou mais) pessoas entraram na recepção do consultório foi assustador. Havia um total de 11 grávidas presentes, sem contar os acompanhantes, assim como eu, e apenas 8 ou 9 cadeiras. Foi onde me revoltei pela primeira vez, pois pude perceber que havia um dos acompanhantes muito bem sentado, provavelmente jogando no celular, enquanto haviam 5 mulheres GRÁVIDAs em pé... Fiquei observando por quanto tempo ele ficaria sentado, até que percebi que ele não planejava se levantar para ceder o assento para nenhuma delas. Eu como já estava em pé não pude fazer muita coisa, mas fiquei me corroendo por dentro e decidi sair da sala com minha irmã, pois haviam algumas cadeiras no corredor do prédio. Passei a tarde inteira sentada no chão, bem fresquinho, pois cedi a cadeira para outras grávidas que saíram da recepção. Mas fiquei o tempo todo pensando na falta de sensibilidade daquele homem, pois caso fosse a mulher dele em pé, ele provavelmente não ia achar agradável. Essa foi apenas minha primeira revolta pois ao sairmos da consulta, eu e minha irmã nos dirigimos ao ponto de ônibus para irmos para casa. O ônibus chegou, lotado pois voltava da universidade no horário de pico, 18:00. Nós ficamos em pé, e como minha irmã não está visivelmente grávida por estar apenas com 2 meses de gestação, não havia motivos visíveis para alguém ceder o lugar pra ela. Porém, ao meu lado vinha um senhor, também em pé, aparentemente com uns 60 e poucos anos de idade. Percebi que ele estava mal apoiado nas barras de ferro do ônibus, e fiquei revoltada mais uma vez. Um ônibus lotado de estudantes universitários, sentados inclusive nos assentos preferenciais, e um senhor idoso em pé, sendo obrigado a se equilibrar enquanto o ônibus sacolejava loucamente. Eu novamente não fiz nada, até eu chegar ao assento preferencial e o senhor sentar teríamos chegado no terminal de integração, que é o lugar onde a maioria dos estudantes descem. Mas enfim, novamente fiquei me perguntando como as pessoas conseguem ser tão mal-educadas, sem um pingo de sensibilidade e respeito ao próximo.
A terceira vez que me revoltei foi quando entrei no ônibus que vai para a minha casa e olhei pro chão. Quase infartei ao ver pacotes de biscoito e salgadinho jogados no chão, como se o chão do ônibus fosse idêntico a uma lixeira. A quarta e última revolta foi ver um motorista passar direto do ponto quando, por coincidência, uma mulher grávida pediu parada. Certo que tinha um outro ônibus no local, mas a obrigação do motorista era parar ali e apanhar passageiros.
Enfim, após desabafar minhas revoltas de hoje, paro pra refletir em quanto as pessoas se tornaram mal-educadas, cegas e insensíveis. Garanto que se fosse a gente no lugar dessas pessoas, nós nos sentiríamos diminuídos, assim como me sinto um nada quando entro num ônibus lotado, cheia de livros nas mãos e tenho que fazer malabares para me equilibrar em pé, e tudo isso por que ninguém, nem uma pessoinha, se ofereceu para segurar meus livros até algum assento ser desocupado e eu poder sentar.
As pessoas perderam o pouco que restava de respeito ao próximo? Só pensam no seu conforto e nos seus problemas? E quando tiverem velhinhos, ou quando a mãe ou pai delas forem andar de ônibus? Será que elas gostarão de ir em pé enquanto tem uma criança de dois anos sentada em uma cadeira que é, POR LEI, delas? Você joga lixo no chão da sua casa? e por que fazer isso no ônibus? Acho que ninguém ia gostar se chegasse alguém na sua casa e jogasse o saco da pipoca no chão da sua sala, ia?. O mal do homem é achar que ele é único, e que pode se virar sozinho sem se importar com nada e nem ninguém.
O respeito tá escasso, e a cada dia que passa vejo situações em que dá vontade de ser extremista e brigar com quem desrespeita o outro, afinal de contas, e além de tudo, eu não sou obrigada a fumar passivamente um cigarro em um ambiente em que é proibido fumar, tá lá a placa, e aí? Ninguém faz nada, nem eu mesma. E por que? Acho que é por falta de esperança, ou pra evitar confusão, não sei. Mas tento fazer minha parte.
Tente fazer a sua também, tente se colocar no lugar do outro antes de fazer algo que vá prejudicar alguém além de você mesmo. Não queira pros outros o que nem você quer pra si mesmo. Respeite! que só é respeitando que você é respeitado. Seja educado, sorria para alguém. Ajude quando puder. Faz bem pra alma, eu garanto. Você não tem nada a ver com aquela pessoa, não tem nada a ver com a vida dela, mas se você se colocasse no lugar dela em qualquer situação você provavelmente gostaria que alguém fizesse algo por você também. Não extermine o que há de bom ainda nesse mundo. Seja gentil, apenas isso, e você provavelmente sentirá a recompensa.
"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, [...] ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes" (Albert Schweitzer )
Bom post prima!!
ResponderExcluirTá certissima mesmo. O individualismo cotidiano vem crescendo a cada dia e é incrível mesmo como as pessoas já não se importam. O certo mesmo seria se cada um fizesse sua parte né... Há situações em que se passa raiva mesmo, o quanto as pessoas estão sem noção e sem educação mesmo é terrível....
Pois bem!! Saudade de ti prima...
Seu blog tá ótimo!!
ps: Faz tanto tempo que não falo nem com vc , nem com a Dja! Eu não sabia que ela estava grávida!! Me sinto mal por isso =/
Beijoss Dionee...
ainda aguardamos sua visita :D