7 de dezembro de 2011

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     Eu fico tão chateada com certas coisas que dá vontade de jogar uma bomba na casa da presidenta. Evito pensar em assuntos que envolvam as injustiças que acontecem com o povo brasileiro, evito pensar na fome e na miséria, nas pessoas que moram nas ruas e não tem nem sequer oportunidade de mudar suas proprias vidas. Fico oprimindo tais pensamentos, porque como diz o velho ditado "os que os olhos não veem o coração não sente", então me faço de cega como muitas outras pessoas também o fazem, por que se sentem inúteis e impossibilitadas de fazer algo pra mudar qualquer injustiça que veem acontecer. 
É fácil quando tais injustiças são cometidas com os outros, com os da rua, com o vizinho, com o papa, mas quando se trata da sua própria família é impossível fechar os olhos e não ver o sofrimento que envolve todas as pessoas que você ama, e quando se trata do seu pai você se revolta ainda mais. 
E é aí que me pergunto, porque deputados que não fazem nada pelo país ganham milhões, e MEU pai, que lutou e batalhou por tantos anos na vida, que nasceu e se criou na roça e foi em busca de melhoria de vida, sem estudo, tendo que trabalhar mais de 30 anos pra ganhar uma aposentadoria decente, precisa passar por certos tipos de situações. É revoltante! 
É revoltante saber que um deputado tão analfabeto quanto meu pai tá no congresso, ganhando dinheiro as nossas custas,enquanto ele que trabalhou duro pra manter e construir sua vida está em casa, preocupado, sem saber se as coisas vão ou nãose resolverem.
Justiça vagabunda, se você funcionasse eu te amaria, como você não funciona EU TE ODEIO, e te odeio ainda mais por fazer o homem da minha vida sofrer. Quando falo justiça, é lógico que me refiro às pessoas que fingem trabalhar pra que a justiça realmente seja feita...
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9 de outubro de 2011

Como foi bom ser criança...


Com o dia das crianças chegando decidi parar para admirar minha vida, meu passado, minha infância. Ai que saudade que dá daquele cheirinho de lápis de cor novinho, o cheirinho da madeira escapando pra fora da caixa logo no início do ano. Melhor que o cheirinho do lápis, era o cheiro do giz de cera e da massinha de modelar.
Bom mesmo era correr no meio da rua, se sujar ao fazer bolinho de lama da areia do vizinho, me cortar ao tentar abrir o detergente pra fazer bolhinhas de sabão. Como era bom receber a ligação do meu pai na sexta feira, dizendo que estava voltando pra passar o final de semana em casa e pedir de quebra uma outra Barbie. Era magnífico brincar de boneca, de escolinha. Fingir ser secretária, médica, universitária. Escolher o nome dos filhos quando ganhava uma boneca nova. Era tão bom o pique pega, o pique esconde, jogar Bete ou o dono da rua. Brincar de bandeirinha então? E jogar queimada? Brincadeira de criança. Como eu adorava catar joaninha na arvore da escola, e inocentemente arrancar as asas da coitada, na esperança de que ela não fugisse pra longe de mim. Já tentei salvar um passarinho que caiu da arvore, uma borboleta com asa quebrada e um cachorrinho de rua. Fugia de casa tão frequentemente que minha mãe já estava cansada de se desesperar, acho que desde pequena fui dona da minha própria liberdade. Me apaixonava como quem trocava de roupa, e tive um amor platônico irremediável por meu melhor amigo na sexta série. Jogava peteca, adedonha, dançava o É o tchan até ficar cansada. Meu sonho era ser cantora ou atriz da Globo. O  cachorro que mais amei de todos foi o Tiziu e  chorei muito quando ele fugiu e foi atropelado. Eu também tive um papagaio que tinha ciúmes de todas as minhas amigas, e que por sinal espirrava quando eu espirrava. Chegava da escola e ia assistir “Um maluco no pedaço”, “Três é demais” e a “Ursupadora”. Ficava copiando as traquinagens de Tom e Jerry e Pica Pau, quando não me inspirava no Pica pau. Assisti os filmes de contos de fada tantas vezes que foi difícil acreditar que meu príncipe encantado nunca chegaria. Acreditei no Papai Noel e enviei cartinhas no natal. Adorava as festinhas de final de ano na escola e a troca de presentes do amigo secreto. Na época de Hantaro fiz meu pai comprar uma Hamster pra mim como presente de fim de ano, e dei a ela o nome de Aurora, porque ela dormia demais e era a minha Bela Adormecida. Dei um pirulito pra um menino da minha rua, como prova do meu amor, eu tinha 12 anos mas até hoje ele me atormenta com isso. Tive um Ursinho Pooh, uma Barbie que engravidava, e a sandália da Sheila Melo que vinha com Tererê. Dancei Xibom bom bom. Apanhei por ficar até tarde na rua, por desobedecer minha mãe e por sentar na cabeça da minha prima uma vez. Adorava lamber a bacia do bolo e ir pra casa da minha tia aos domingos, brincar com meus primos de guerra de balão d’agua (a gente mais brigava que brincava, mas era muito bom). Passava as férias na casa da minha professora, ou então na casa da Tia Zê, e estou nesse momento sentindo o gostinho do bolo de chocolate que ela fazia. Cantei “Como é grande o meu amor por voce” no dia das mães, na escola.Me perdi uma vez num clube por que fiz amizade com uma menina e fiquei conversando com ela horas e horas enquanto o povo enlouquecia atrás de mim. Como eram bom os passeios da escola que envolviam água, eu voltava pra casa parecendo um camarão. A primeira vez que fui ao cinema foi pra assistir Tainá na Amazônia. E Harry Potter me salvou, e ainda salva, de dias tristes e tediosos.
Seria ótimo que eu pudesse descrever cada momento, e transmitir toda a saudade. Como é bom lembrar da época mais feliz da minha vida, e saber que eu vivi, sobrevivi, e hoje sou quem sou.

Feliz dia das Crianças!

4 de outubro de 2011

Era uma vez uma pessoa...


Um belo dia, numa terra muito distante, uma menina encontrou um amigo, o local do encontro não se pode revelar, visto que reconheceriam logo a história. O amigo perdido, e encontrado, não sabia ao certo o que pensar sobre a menina, ela parecia ser de outro mundo para ser encontrada ali, naquele ambiente.

Após aquele encontro, os dois passaram muito tempo juntos, mas só se correspondiam por cartas, bilhetes e mensagens, e desse modo era difícil que tivessem verdadeira noção de quem era quem. Em meio a tantas correspondências, a menina se tornou dependente do amigo, e ele era para ela um tesouro de valor imensurável, um alguém de quem se falava o tempo todo, aquela pessoa que se torna o céu e a terra para alguém. Os dois pareciam ter muita intimidade, mas para a menina ele era o melhor, o único capaz de entender suas diversas fases e faces. Ele era para ela a melhor pessoa existente, mesmo que com um quê de solidão e tristeza enraizadas no fundo do coração, aquele tom de desesperança e de desolação, de desanimo e ainda assim, vontade de conquistar e de vencer. Ela tentava de todas as formas, através de suas cartas, animá-lo, dizia que ele era capaz de tudo, se quisesse, e que deveria traçar metas para alcançar esse futuro tão desejado. O rapaz era capaz de verdade, ele trabalhava com algo bastante influente na época, uma daquelas coisas que a atualidade exige, mas poucos sabem fazer com excelência, por isso ele era magnífico na tarefa que desempenhava. 

A relação dos dois, a cada dia que passava se tornava mais próxima. A menina reconhecia os defeitos que ele tinha, mas mesmo assim não pôde evitar gostar sempre mais dele. Ele era mais velho, já havia passado por diversas experiências de vida, inclusive casamento e paternidade. Ela se envolvia sempre mais na vida dele, julgando ser capaz de compreender cada esquisitice do rapaz. E se julgava tão próxima, que só queria ele pra si, era egoísta e não aceitava que ele dividisse a atenção com mais ninguém.

Foi quando a situação começou a mudar, pois o rapaz, mesmo gostando muito da amiga, ela só era sua amiga e a relação dos dois não passaria disso nunca, mesmo que ela pensasse o contrário. Foi aí que outra moça entrou na história. Depois de ter sido mencionada diversas vezes nas cartas que eles trocavam, ele havia ficado curioso por saber quem era essa tão misteriosa Mirella, e assim passou a corresponder-se com ela também. Mirella, como era o nome da nova moça, era amiga da primeira, o que só complicou a situação. A menina, mesmo sendo uma pessoa meiga, calma e compreensiva revoltou-se contra a relação dos dois, e enciumada, acabou por afastar os dois de si própria. Ao perceber que os dois se enamoravam sempre mais, o desprezo pela relação dos amigos aumentava e ela pouco suportava a presença ou as correspondências de ambos.

Decidiu então seguir em frente, abriu seus olhos e logo se apaixonou pelo rapaz que entregava leite em sua casa, com quem vive até hoje, casou-se e teve filhos.

Ela sentia-se mal por ter se afastado de Mirella e do amigo, sentia saudades de ambos e sempre ansiava por saber noticias de como eles estavam, se ainda estavam juntos e tudo o que mais tivesse relacionado aos dois. Enviou então uma carta para o rapaz, desculpando-se por sua indulgência e capricho ao julgar que ele era sua, e somente sua propriedade. Mas sua carta foi respondida com um mero bilhete, por sinal muito curto e frio, o que a deixou ainda mais triste. Então a menina decidiu caprichar ainda mais, escreveu outra carta, pediu desculpas como se tivesse cometido o maior erro do mundo, e expressou-se de diversas maneiras para demonstrar como lamentava a separação, disse o quanto sentia falta daquele que foi, por tanto tempo seu porto seguro e único amigo. A essa carta, ainda mais caprichada, ele nem se deu o trabalho de responder. Mirella, a amiga com quem ele se envolvera, apesar de estar afastada e ter se apossado do amigo da outra, tinha um coração tão puro quanto o da primeira. A diferença entre as duas era que Mirella era cem vezes mais impulsiva, e duzentas vezes mais coração mole. O que mais tarde lhe custaria mais caro do que se poderia imaginar.

Sendo assim, mantiveram-se afastados uns dos outros, por meses que se arrastavam. E quando a angustia já consumia tanto a menina de quem falamos, ela se viu obrigada a tentar novamente, e se sentiu encorajada ao saber que Mirella e o rapaz já não eram tão amantes como foram no começo. Sendo assim, enviou uma carta desta vez destinada a Mirella, ao qual foi respondida com os mesmos sentimentos de tristeza, saudade e perdão. As duas voltaram a relacionar-se, mas Mirella evitava dizer ao rapaz que havia retomado a amizade com a tal menina, visto que o amor que eles sentiam um pelo outro definhava, e a amizade que ele e a outra outrora tão valorizada havia se extinguido, dando lugar ao desprezo e à mágoa. O que não tardou a acontecer entre os dois também.

Mais tarde, pelos rumores que ouvi, soube que a segunda moça, Mirella, havia sofrido bastante por causa do rapaz. O relacionamento dos dois havia se tornado obsessivo, e ela sentiu-se sufocada pelos sentimentos dele, sendo julgada pelos erros que havia cometido em seu nome, mesmo depois de ter suportado muitas tribulações por sua causa. Dentre tais tribulações havia muitas traições, inclusive com a ex esposa dele. O relacionamento foi terminado diversas vezes, por motivos até hoje desconhecidos, incompreensão e ciúme do problemático rapaz estão entre eles, mas nada há que comprove a teoria. Mirella foi encantada pelo mesmo rapaz que encantou a sua amiga, se entregou a ele como uma folha seca se entrega ao vento quando chega o outono, mas esse vento acabou por levar a folha mais longe e mais fundo que o próprio chão.

 A menina Mirella era tão linda, que causava inveja até nas moças mais virtuosas da região. Sua beleza era exótica, seu rosto parecia com o de um anjo, mesmo que sua personalidade não fosse nada angelical, e seu corpo era belo, nem muito cheio e nem muito vazio, como o de uma índia. Ela era impulsiva como já disse aqui, mas seus atos eram nada mais nada menos que impensados, ela vivia o momento como se suas atitudes não fossem gerar uma conseqüência posterior. Tão apaixonada era, e tão carente, que até o menor gesto de afeto fazia com que ela se sentisse bem, e assim se apegava muito a todos aqueles que dela parecessem gostar.  Ela na verdade nunca teve a intenção de roubar o amigo da outra, e muito menos de causar-lhes uma separação. Ela nunca teve mesmo foi a intenção de se magoar, o que aconteceu de uma forma drástica.
Como disse, o rapaz destruiu o coração dela como se estivesse amassando uma folha de papel qualquer, e jogando a no lixo como algo sem valor. A história dos dois é tão complexa, que só as idas e vindas já a torna difícil de entender. A única verdade que se sabe é que ela se enganou com caráter do rapaz tanto quanto a amiga. E a pessoa de quem elas tanto gostaram um dia se tornou um pesadelo na vida das duas. A menina, logo superou a decepção que o rapaz lhe causou, e logo passou por cima daquele desgosto. Mas Mirella, até hoje sofre, pois ainda o ama demais para deixá-lo sair de seu coração, mesmo depois de ter passado por tudo o que passou, e por ter lido todas as cartas que ele posteriormente lhe enviara, palavras tão ferrenhas que até quem se via por fora da situação se sentia insultado. Para Mirella aquelas palavras eram, e ainda são, facas com dois gumes, a cortar seu coração em pedaços cada vez menores, tão pequenos que às vezes ela pensa que nem tem mais um coração.

Talvez pense assim por ter plena consciência de que, mesmo depois de todo o mal que passou, seu coração pertence à mesma vil criatura, um rapaz que à primeira vista pareceu ser um cordeirinho indefeso e posteriormente se mostrou um lobo feroz, capaz de arrancar cada pedaço de seu corpo friamente, sem se sensibilizar com os sentimentos de sua vítima, outrora sua companheira e amante. Mirella até hoje sofre, e sua amiga, que um dia também fora amiga do rapaz, tenta consolá-la. Mirella na verdade só pode contar com ela pra consolo, pois nem uma outra pessoa conheceu tão bem o rapaz de quem se fala, ou pensou que conhecia. A amiga, por outro lado, foi também magoada pelo mesmo homem, de uma forma diferente, mas, nem por isso menos dolorosa. E a menina, tenta consolar Mirella, e explica a ela que só o tempo poderá curar as dores que essa paixão deixou, e que as cicatrizes serão eternas, mas nem por isso as feridas estarão abertas para todo o sempre.

Há de chegar o dia em que o rapaz se encontrará sozinho, sem amor e sem amizade, pelo simples fato de se achar auto-suficiente. Mas uma coisa é verdade, e é a única verdade que importa nessa história. Ninguém é feliz sozinho, e mais feliz é Mirella, que ainda tem um alguém que a apóie e incentive a esquecer o que se passou, do que o rapaz, que se ilude com novos amores e amigos, mas que um dia acabará por feri-los da mesma forma que feriu as duas anteriormente.

Decepções virão um dia a todos, e é preciso saber lidar com elas para que não se passe a vida inteira consumindo-se por algo que é passado. As cartas cessarão, o passado é passado, e o futuro é o que realmente importa agora, pois o presente, pelo menos para Mirella, ainda é uma tortura.

Vale salientar que a menina, o rapaz, e Mirella, são mais reais do que se possa imaginar.


25 de setembro de 2011

Estou aqui...

 Essa semana eu estava em casa, tranquila e calma, quando um assunto um tanto delicado foi levantado - minha viagem de formatura para Londres. Ainda não disse aqui, mas minha turma na universidade decidiu trocar uma festa de formatura por uma viagem para Londres, com um curso durante três semanas em uma escola reconhecida internacionalmente, hospedagem e café da manhã e jantar incluídos, por um preço absurdamente barato, comparado ao que poderia ser se fosse uma viagem individual e não em grupo. Eu acho que já que eu só vou me formar uma vez na vida eu mereço um presente de formatura, e independentemente de ter ajuda financeira do meu pai ou não, eu vou tentar de todas as formas que eu conseguir levantar esse dinheiro. Meu pai não pode pagar por isso sozinho, eu sei, mas eu vou tentar e vou conseguir, nem que pra isso seja preciso meu nome ir pro SPC. Mesmo que alguém venha e diga, como já disseram, que eu não vou conseguir, que é impossível, EU VOU. A minha resposta a essa (as) pessoas é essa música. 




Eu quero mais do que você
Imagina que vou ter
Dos meus sonhos não vou desistir
Eu sou pontos de interrogação
Sem respostas na canção
Só entenda
Que nunca serei
O que querem pra mim
Não sou mais menino pra chorar
Sou um homem vou buscar
Meu destino
E vou mais além
Será,
Que mundo vai me dar
Uma chance de lutar
Ninguém sabe que
Estou aqui
Mas sei tudo que eu quero viver
Dos meus sonhos vou fazer
Um caminho traçado por mim
Por que todos querem controlar
Qualquer coisa que eu pensar
Se pra eles não estou aqui
Você vai um dia perceber
Que eu só quero te entender
E o meu nome você vai guardar
E eu quero ainda te provar
Que é você quem vai ficar
Ao meu lado
Se tudo estiver contra mim
Todos tentam me dizer
Que eu preciso crescer
Mas se ainda não tenho certeza
Do que quero ser
Tenho toda certeza
Daquilo que não vou fazer
Mas sei tudo que eu quero viver
Dos meus sonhos vou fazer
Um caminho traçado por mim
Por que todos querem controlar
Qualquer coisa que eu pensar
Se pra eles não estou aqui
Sou mais eu
Estou aqui, estou aqui,estou aqui...
Jota Quest

21 de setembro de 2011

A imagem diz tudo...


"O destino une e separa pessoas, e mesmo tão forte é incapaz de fazer com que esqueçamos pessoas que por algum momento nos fizeram felizes." (@Literatuitando)







16 de setembro de 2011

Thanks Harry...




Muitas pessoas me perguntam o porque de eu gostar tanto de Harry Potter. Não só perguntam como me julgam por eu gostar de uma coisa tão "..." melhor nem comentar. E eis que eu estou aqui para responder essa pergunta, um tanto inconveniente as vezes. Vou contar a história desde o comecinho, para que entendam direitinho.
Eu odiava Harry Potter, quando eu tinha doze anos. Não gostava nem de ouvir falar nesse livro que tirava a atenção dos meus primos das nossas brincadeiras costumeiras de dia de domingo. Dizia que era coisa do cão, como muita gente diz, que não prestava, que não era interessante. 
Era tão insuportável pra mim, que um dia cheguei na escola, na 6ª série, e minha professora de ciências tinha levado um filme para a gente assistir, adivinha qual era o filme? É isso mesmo. 
Eu não tinha nem a opção de sentar ao fundo porque todas as cadeiras estavam ocupadas, então fui obrigada a sentar lá na frente, pra assistir um filme bobo. Mas, no fim do filme eu já não pensava da mesma forma. Tinha me apaixonado pelo pobre menino orfão, maltratado pelos tios, que tinha encontrado um mundo diferente do seu, onde podia ser feliz, e ter amigos.
Começou aí, li o primeiro livro e depois o outro, e ganhei mais alguns. Sempre fui apaixonada por Harry, pois quando eu lia eu fugia da realidade. Eu era, e ainda sou, levada para um mundo irreal, mas fantástico. Gostava de ler principalmente quando estava triste ou magoada, Harry era meu melhor amigo naqueles momentos, e depois de algumas páginas eu já me sentia bem melhor. 
Harry me deu muitos amigos, amigos importantíssimos e valiosos. E desde o começo a amizade foi a lição mais importante que ele me ensinou.
Harry faz parte de um passado valioso, e só eu sei o quanto ele foi importante pra mim. Eu faço parte dessa geração, e não tenho medo de assumir isso. Sou fã, mas não por Harry Potter ser modinha, ou ter sido modinha. Sou fã, por ele ter me dado uma luz quando tudo era só escuridão. 
E agora que a série está terminada, eu só tenho a dizer uma coisa, uma única coisa:

Obrigado J.K. Obrigado Harry!

Não me importo que as pessoas não entendam. Ninguém me conhece melhor que eu mesma pra saber o que é bom e ruim pra mim. Ninguém pode me julgar por isso, porque eu tenho orgulho de fazer parte de algo que me faz e me fez muito bem.
Sentirei falta de todas as expectativas pré lançamento, mas os livros estão todos aqui pra me lembrar de como é bom conhecer e gostar de Harry Potter.

4 de setembro de 2011

And you just can't deny it...

As vezes penso não ser capaz de lidar com certos sentimentos, de verdade, me sinto completamente desnorteada em certas situações...
Lidar com o passado por exemplo, é muito difícil. É muito difícil esquecer pessoas, enterrar mágoas, apagar momentos, sentimentos, e principalmente, assumir que me enganei, me iludi a respeito de muita coisa, afinal nem tudo era o que como pensei.
Pessoas passaram por minha vida, amigos e amores, todos eles deixaram suas marcas, boas ou ruins, ou boas e ruins, depende da situação. Mágoa, do que foi ruim, saudade do que foi bom. 
No fim das contas talvez não importe, é passado. Mas mesmo estando muito feliz no presente, as lembranças existem para me lembrar do que foi bom, e também do que foi ruim. Hoje recebi uma notícia que trouxe a mim várias lembranças, positivas e negativas,  e fiquei parte do dia me sentindo tristinha, sem saber o motivo exatamente. Até que realizei, que certas lembranças de um tempo bom não merecem ser apagadas , mesmo que a vida tenha tirado o protagonista delas da sua vida. A lembranças ruins trazem dor, são como cicatrizes na alma, que nunca serão apagadas também.
Certas coisas a  só se vive uma vez, e eu as vivi tão intensamente que não imaginei que acabariam um dia, mas acabaram. E hoje são só lembranças, que compõem o meu livro da vida. Ilusões talvez? Foi bom enquanto durou, a vida já deu suas voltas e embaralhou tudo de novo. Que cada um possa ser feliz do modo que for possível, aceitando sempre os caminhos que Deus traçou, fazendo escolhas e tomando decisões da melhor forma possível. Passado é passado, não volta mais.

Sometimes the past comes for you, and you just can't deny it...

1 de setembro de 2011

What if today was your last day?


  Você já parou pra pensar o que faria se hoje fosse seu último dia? Se não, pare e pense.
Eu dou aula de inglês no curso de extensão da universidade, e hoje levei uma música para meus alunos refletirem e relaxarem antes de começarmos a 2ª unidade do livro. A música é - If today was your last day, de Nickelback. (clipe à esquerda). 

   Sempre gostei dessa música, desde o primeiro momento em que a escutei, acho que é porque ela me faz pensar no quão inconsequente eu estou sendo com minha própria vida. 
Não podemos deixar a vida passar por nós como se fosse algo sem importância. A vida acaba sabia? 
    Acredito que quando vivemos o presente esperando o futuro, esquecemos de viver de verdade, de aproveitar cada momento, de não se importar com coisas irrelevantes. Acabamos por guardar mágoas passadas, se apegar a um passado que não volta mais, quando na verdade deveríamos estar dando o melhor de nós mesmos, para nós e para os outros.
    Hoje questionei meus alunos, perguntando "E se alguém chegasse e dissesse, Fulano, hoje é seu último dia na vida, amanhã você não existirá mais" o que vocês fariam? Eles ficaram pensativos, meio que calados, alguém disse que nem iria dormir. Mas se hoje fosse o MEU último dia, de uma coisa eu teria certeza, eu iria me arrepender de muita coisa que fiz, e que deixo de fazer todos os dias. Ia perceber que um dia é pouco pra tapar todos os pequenos buracos criados ao longo da vida. Eu sou uma pessoa muito acomodada, gosto de adiar as coisas até o ultimo momento. Mas não devo adiar mais nada, pois um dia pode ser tarde pra tentar ser uma pessoa melhor, mais educada, mais responsável, mais gentil. Um dia pode ser tarde pra falar a todas as pessoas que eu amo o quanto as amo de verdade. Meu avô já dizia que não devemos deixar pra amanhã o que podemos fazer hoje, o conselho é antigo, mas assim como minha querida amiga Sheyla Mayra diz, as vezes pensamos tarde demais no que deveríamos ter feito, e aí não dá mais pra voltar atrás. 
    Eu só quero dizer com isso, assim como a música diz por mim, que não importa quem você é, nem o que você faz. O importante é aproveitar cada dia como se fosse o último, buscando sempre fazer o bem, pra si e para o outro. Não devemos levar a vida como se amanhã pudéssemos resolver o que devemos resolver hoje, o amanhã pode não chegar, e pensar nisso é angustiante. Não queira reviver o passado, apenas guarde as lembranças boas. Não queira viver o futuro, fazendo isso você perderá o presente.  "Não adianta viver sonhando e se esquecer de viver" disse Alvo Dumbledore. Seja você mesmo, mesmo quando o mundo quer que você seja outra pessoa. Não podemos voltar atrás e mudar nossa história até o agora, mas podemos mudar agora, e viver agora, e ser feliz agora. O amanhã é incerto demais para confiarmos nele. 


31 de agosto de 2011

Respeitosas revoltas...

     É, pois é... Hoje o dia não foi lá muito agradável em alguns sentidos, em compensação aconteceram fatos que me deram o que pensar...
Minha irmã está grávida e hoje era o dia da consulta do pre-natal, então eu como uma tia babona e coruja resolvi ir com ela ao consultório médico para saber tudo a respeito do meu sobrinho(a). Chegando ao consultório, percebemos a super lotação do local. Haviam no mínimo umas 15 pessoas no hall do consultório, esperando a secretária chegar para organizar e saber quem tinha chegado primeiro e todo resolver aquele processo. Até aí tudo bem, mas quando a moça chegou que todas as 15 (ou mais) pessoas entraram na recepção do consultório foi assustador. Havia um total de 11 grávidas presentes, sem contar os acompanhantes, assim como eu, e apenas 8 ou 9 cadeiras. Foi onde me revoltei pela primeira vez, pois pude perceber que havia um dos acompanhantes muito bem sentado, provavelmente jogando no celular, enquanto haviam 5 mulheres GRÁVIDAs em pé... Fiquei observando por quanto tempo ele ficaria sentado, até que percebi que ele não planejava se levantar para ceder o assento para nenhuma delas. Eu como já estava em pé não pude fazer muita coisa, mas fiquei me corroendo por dentro e decidi sair da sala com minha irmã, pois haviam algumas cadeiras no corredor do prédio. Passei a tarde inteira sentada no chão, bem fresquinho, pois cedi a cadeira para outras grávidas que saíram da recepção. Mas fiquei o tempo todo pensando na falta de sensibilidade daquele homem, pois caso fosse a mulher dele em pé, ele provavelmente não ia achar agradável. Essa foi apenas minha primeira revolta pois ao sairmos da consulta, eu e minha irmã nos dirigimos ao ponto de ônibus para irmos para casa. O ônibus chegou, lotado pois voltava da universidade no horário de pico, 18:00. Nós ficamos em pé, e como minha irmã não está visivelmente grávida por estar apenas com 2 meses de gestação, não havia motivos visíveis para alguém ceder o lugar pra ela. Porém, ao meu lado vinha um senhor, também em pé, aparentemente com uns 60 e poucos anos de idade. Percebi que ele estava mal apoiado nas barras de ferro do ônibus, e fiquei revoltada mais uma vez. Um ônibus lotado de estudantes universitários, sentados inclusive nos assentos preferenciais, e um senhor idoso em pé, sendo obrigado a se equilibrar enquanto o ônibus sacolejava loucamente. Eu novamente não fiz nada, até eu chegar ao assento preferencial e o senhor sentar teríamos chegado no terminal de integração, que é o lugar onde a maioria dos estudantes descem. Mas enfim, novamente fiquei me perguntando como as pessoas conseguem ser tão mal-educadas, sem um pingo de sensibilidade e respeito ao próximo. 
A terceira vez que me revoltei foi quando entrei no ônibus que vai para a minha casa e olhei pro chão. Quase infartei ao ver pacotes de biscoito e salgadinho jogados no chão, como se o chão do ônibus fosse idêntico a uma lixeira. A quarta e última revolta foi ver um motorista passar direto do ponto quando, por coincidência,  uma mulher grávida pediu parada. Certo que tinha um outro ônibus no local, mas a obrigação do motorista era parar ali e apanhar passageiros. 
Enfim, após desabafar minhas revoltas de hoje, paro pra refletir em quanto as pessoas se tornaram mal-educadas, cegas e insensíveis. Garanto que se fosse a gente no lugar dessas pessoas, nós nos sentiríamos diminuídos, assim como me sinto um nada quando entro num ônibus lotado, cheia de livros nas mãos e tenho que fazer malabares  para me equilibrar em pé, e tudo isso por que ninguém, nem uma pessoinha, se ofereceu para segurar meus livros até algum assento ser desocupado e eu poder sentar. 
As pessoas perderam o pouco que restava de respeito ao próximo? Só pensam no seu conforto e nos seus problemas? E quando tiverem velhinhos, ou quando a mãe ou pai delas forem andar de ônibus? Será que elas gostarão de ir em pé enquanto tem uma criança de dois anos sentada em uma cadeira que é, POR LEI, delas? Você joga lixo no chão da sua casa? e por que fazer isso no ônibus? Acho que ninguém ia gostar se chegasse alguém na sua casa e jogasse o saco da pipoca no chão da sua sala, ia?. O mal do homem é achar que ele é único, e que pode se virar sozinho sem se importar com nada e nem ninguém. 
O respeito tá escasso, e a cada dia que passa vejo situações em que dá vontade de ser extremista e brigar com quem desrespeita o outro, afinal de contas, e além de tudo, eu não sou obrigada a fumar passivamente um cigarro em um ambiente em que é proibido fumar, tá lá a placa, e aí? Ninguém faz nada, nem eu mesma. E por que? Acho que é por falta de esperança, ou pra evitar confusão, não sei. Mas tento fazer minha parte. 
Tente fazer a sua também, tente se colocar no lugar do outro antes de fazer algo que vá prejudicar alguém além de você mesmo. Não queira pros outros o que nem você quer pra si mesmo. Respeite! que só é respeitando que você é respeitado. Seja educado, sorria para alguém. Ajude quando puder. Faz bem pra alma, eu garanto. Você não tem nada a ver com aquela pessoa, não tem nada a ver com a vida dela, mas se você se colocasse no lugar dela em qualquer situação você provavelmente gostaria que alguém fizesse algo por você também. Não extermine o que há de bom ainda nesse mundo. Seja gentil, apenas isso, e você provavelmente sentirá a recompensa. 

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, [...] ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes" (Albert Schweitzer  )

30 de agosto de 2011

3 wishes for today...



    Hoje fui para a universidade, como sempre morrendo de sono, mal sabia que a primeira aula me renderia pensamentos para um dia inteiro. A aula de literatura é sempre muito interessante apesar de monótona. Me impressiono sempre mais com a inteligência e experiência de vida que minha professora carrega e fico imaginando o quanto ela não deve ter vivido para estar onde está. Mas tá bom, hoje ela nos fez uma pergunta um tanto quanto intrigante, mais ou menos assim: Se Deus entrasse na sua casa, e dissesse que realizaria seus 3 desejos mais urgentes, quais seriam? Me pus a pensar, quais seriam as três coisas que eu mais quero na vida? Pensei logo na minha família, na minha vida profissional e em dinheiro.
       Mas pensei melhor e decidi que se isso viesse a acontecer de verdade algum dia, eu pediria primeiro que Deus restaurasse o mundo, devolvendo para a natureza tudo aquilo que o homem roubou, de forma que o mundo fosse novamente um lugar bom. Em segundo lugar pediria que Deus acabasse com a maldade e a ambição da humanidade, pois acredito que a ambição é a culpada por muitos e muitos defeitos do homem, se ela não existisse não haveriam motivos para querermos ser maior e melhor que ninguém e todos poderiam conviver em paz. Em terceiro lugar, pediria a Deus que iluminasse e guiasse a humanidade pelo caminho do bem, do amor e da paz, de forma que nós não pudéssemos mais nos perder de seus mandamentos e de seu amor. Sei que seria um caos no início, mas seria uma forma de recomeçar, de construir um novo mundo de maneira responsável, de respeitar para ser respeitado. Minha ideia pode até ser estranha, mas eu gostaria de vê-la realizada. 
     E se não se realizasse de uma forma tão radical, que se realizasse no dia a dia desse mundo conturbado em que vivemos mesmo.Eu só quero mais paz, mais respeito, mais sorrisos. Quero mais árvores, mais pássaros, mais borboletas. Quero mais educação, mais ética, mais compromisso. Quero mais amor, porque se tudo fosse feito com amor provavelmente todos os outros desejos seriam consequência dele. 
Eu não posso mudar o mundo, mas posso construir um. E eu juro que estou tentando fazer a minha parte, tornando o meu mundo um mundo melhor, baseando-me no que acredito ser bom.
     Voltando a aula de literatura, eu não desejaria ser imortal como muitos autores desejaram ou demonstraram querer. Tenho medo de morrer sim, mas esse medo é consequência de outros medos,  medo de não poder viver, de não poder fazer tudo o que desejo, de não poder dar um ultimo abraço nas pessoas que amo, medo de não ter tempo pra ser feliz. 
Enfim, como reza a lenda, ao soprar um dente-de-leão seus desejos se realizam, esperarei ansiosamente encontrar um, e enquanto isso não acontece eu me prestarei apenas a pedir que Deus tenha piedade de nós, e que não desista do mundo até que a ultima esperança se perca.

19 de julho de 2011

Ai o preconceito, como ele é ridículo...



     Bom, eu não sou a favor do homossexualismo, mas também não sou contra. Venho ouvindo demasiadamente esses dias, discursos de pessoas preconceituosas, umas dizendo que "o casamento gay não deveria ter sido aprovado", outras dizendo que a Rede Globo quer "enfiar na nossa cabeça que gay é normal, nos obrigar a aceitar viado" . Acho um absurdo esse tipo de coisa, primeiro que não existe casamento gay, união estável não é casamento, não é matrimônio, não é sacramento da igreja. Deus nos deu liberdade pra escolher entre o bem e o mal, se Deus condena a relação homossexual, só ele tem o direito de julgar a situação, nem eu nem ninguém pode se achar no direito de fazer isso por Ele. 
    Outra coisa, a Rede Globo está sim enfatizando o homossexualismo, mas o que ela está mostrando não é nada mais nada menos do que a realidade. O homossexualismo existe, e existe também a violência contra pessoas homossexuais. Você tem o direito de aceitar ou não a proposta da Globo de conscientizar as pessoas da existência desse tipo de situação, mas você também pode manter-se na ignorância, desrespeitando pessoas simplesmente por elas nao terem a mesma opinião que você, por elas optarem por ser diferentes, ou por elas serem diferentes mesmo sem querer. A maioria dos meus amigos são gays, e eu os amo e os respeito, porque sei que isso não muda nada sabe!? A vida não é minha, eu não me meto. Apenas respeito, porque não cabe a mim decidir o que é melhor pra ninguém, cada um sabe o que é melhor pra si. Eu também não apoio, não vou incentivar alguém a ser homossexual, não vou dizer que Deus concorda com isso, mas também não vou julgar.
    O preconceito é ridículo! É ridículo alguém se achar no direito de julgar os outros, seja por serem gays, negros,  gordos ou magros, nordestinos, estrangeiros, pobres, doentes ou diferentes de alguma forma. É ridículo se achar superior, é simplesmente ridículo.
    Além do mais, amor é amor, ele não muda, nem escolhe, ele simplesmente acontece. E não cabe a mim decidir onde ele vai acontecer.

11 de junho de 2011

Não se pode negar, fato!

Amigas semprem querem o bem umas das outras, né Camila? ♥


O povo me ama, fato! 
       É incrivel como me surpreendo com coisas pequenas (aos olhos dos outros). Não sei o porque, mas mesmo com todas as minhas anomalias o povo me ama, fato! 
     Pois é, eu vivo num vai e vem de pensamentos e atitudes que muitas vezes não são justificáveis. Eu sou uma pessoa complicada, admito, mas mesmo assim o povo me ama, fato!
     Eu choro demais, sou sensível demais: irritantemente sensível. Mas mesmo com todas as lágrimas, o povo me ama, fato!
     Eu tenho o costume de mudar bruscamente de humor, dizem que sou bipolar, e por isso deixo minhas amigas confusas o tempo inteiro. Me chamam de lesa, mas eu sei que me amam, fato!
      Se eu caio, tropeço, ou esbarro em alguma coisa, insistem em chamar-me de desastrada e desatenta. Mas eu sei, que é exatamente por esse motivo que me amam tanto, fato! 
     Certa vez um amigo me disse que eu era como uma casca de árvore - oca, e disse que odiava o fato de eu estar sempre feliz, que não suportava uma pessoa irritantemente simpática como eu. O fato de ter sido comparada com uma casca de arvore mexe comigo até hoje, e quando to deprê me sinto oca e vazia, mas nem é por isso que o povo deixa de me amar, fato!
     Eu sou marvilhosamente gorda, mas não quero permanecer assim. Dizem que eu sou fofinha, mas eu sei que estão me iludindo pra eu me sentir menos mal. E é por isso que eu sei que me amam, fato!
     Outras pessoas se sentem incomodadas com meu comportamento manhoso, porque sou carinhosa em excesso. Mas mesmo me chamando de mimada e de guria me amam, posso sentir, é fato!
     Não sei como nem porque, mas mesmo sendo considerada anormal, sensível, irritante, feliz, desastrada, lesa, manhosa, deprê, mimada, guria, bipolar, etc. 
     EU SEI, eles me amam. Pode até não ser um amor gigantesco, mas todas as qualidades/defeitos me unem sempre mais a eles, os meus AMIGOS.
E eu posso sentir esse amor, porque mesmo conhecendo meus defeitos eles me aceitam como eu sou, do mesmo modo que eu aprendi a me aceitar assim, exatamente assim. Todos os dias, eu vejo o modo de cada um descrever esse amor, individualmente, de maneira sutil e particular.  E isso faz com que eu me sinta bem, faz com que eu me sinta amada.
      E assim  como todos eu me amo, lógico!

P.S.: o fato de eu saber tudo isso não faz de mim uma pessoa convencida, faz?

5 de maio de 2011

Família, amor incondicional e inexplicável.


    Família perfeita não existe? Já ouvi muitas pessoas falarem isso ao reclamarem de suas vidas familiares. Pode até ser que não exista uma família perfeita, mas a minha é. E eu considero minha família perfeita não por ela ser ideal, e sim por ela ser cheia de defeitos. A minha família pode não ser a melhor aos olhos dos outros, mas é para mim. 

    Meus pais são os melhores do mundo mesmo que eu reclame muitas vezes, eles que me dão sustento e força quando preciso e me dão carinho inginito sempre. Foram eles que me conceberam e cuidaram para que eu crescesse saudável fisica e mentalmente, me educaram, e me ensinaram a discernir o certo do errado. Me ensinaram principalmente a amar, a perdoar,  a não julgar as pessoas e a dar um voto de confiança a elas. Meus pais são os melhores porque me ensinaram a ser justa, e mesmo que eu não seja sempre ou não siga sempre o que eles ensinaram, eu sei que eles sempre estarão do meu lado, eu tendo defeitos ou não, nos meus erros e acertos, nas minhas alegrias e tristezas.
Já com meus irmãos, ambos mais velhos que eu, a situação é um pouco diferente. 
    Minha irmã chega a ser insurpotável as vezes, é intrometida, mandona, chata, perfeccionista e é daquelas pessoas que não se olham no espelho. Mas eu sei que ela tem um coração bom, as vezes bom até demais. Chega a ser tão boa a ponto de fazer pelos outros o que não faz nem pra si mesma. É carente, carinhosa, manhosa e muito inteligente. Eu a amo apesar de todas as implicancias, brigas e discussões. Ela faz parte da minha família, é sangue do meu sangue, e é impossível explicar o amor que sinto por ela, pois é uma contradição infinita entre o lado bom e o lado ruim de Djanira.
    O Ediclei é tranquilo, não se mete na minha vida e eu não me meto na dele. Não somos irmãos de conversar sobre tudo, mas a gente se ama bastante. As vezes não sei dizer se conheço meu irmão o suficiente para falar sobre ele. Só sei que ele sabe respeitar e valorizar as pessoas que são importantes e que tem seus momentos de sensibilidade e de grosseria como qualquer ser humano.

    Querendo ou não admitir nossa família é cheia de defeitos, mas a união que existe aqui falta em muitos outros lares. A gente reclama, entra em choque, ri e chora. Mas sabemos que estaremos juntos, seja na hora da dificuldade como na hora da tranquilidade.

Eu AMO a minha família e ela é TUDO pra mim.

2 de março de 2011

Leva, nem vai fazer falta!

Hoje a noite fui presenteada com aquela sensaçãozinha de desespero...
E tudo porque dois homens em uma moto, aparentemente normais, me abordaram quando ia saindo da casa de uma amiga e disseram: PASSA O CELULAR. Eu entreguei o celular e disseram: PASSA A BOLSA.
No auge da minha falta de noção ainda pedi que deixassem os documentos, mas eles só fizeram roubar e sair. E eu? Eu fiquei no meio da rua, sem bolsa, sem celular, e sem um monte de outras coisas que uma estudante universitária precisa no seu dia a dia de corrreria.
Fico revoltada com essas coisas...
Eu já sou tão rica pra ser assaltada assim,ou melhor, sou  mais que rica, sou sortuda! Ontem meu cartão de passagens dos onibus simplesmente caiu no esgoto da rua, hoje me levam o resto. Preciso me benzer!
O pior não é em a sensação de vazio, de desespero, ou de não saber o que fazer pra recuperar tudo que foi perdido, e pagar tudo o que já se tinha pra pagar (que por mais que não seja ser muito, no bolso de alguém que depende dos pais é quase um desfalque). O pior de toda a situação é o medo que fica pulsando nas veias, aquela agonia de andar pela rua com 8 olhos, dois na frente, dois atrás e dois de cada lado esperando pelos proximos assaltantes.
Enfim, amanhã ainda tem aquele processo incomodo de ir a delegacia fazer Boletim de Ocorrencia (porque o site simplesmente não abre), e tentar resgatar o chip do celular (de novo).
E que eles façam bom proveito das MINHAS coisas, porque nem vai fazer falta né!?

25 de fevereiro de 2011

Eu só sinto sua falta, só isso...

Sabe quando uma coisa fica martelando no seu peito por dias e mais dias, e não para de te incomodar nunca!?
Me sinto exatamente assim...
Há dias venho tentando encontrar o motivo da minha tristeza repentina, sabe aquela tristeza que explode do seu peito sem ver nem por que?
E hoje, parando novamente pra analisar, eu descobri que me falta algo, que indiretamente tem um buraquinho no meu peito, e a culpa talvez seja toda minha.
Fico triste quando sei que vacilei com alguem, e fico pra morrer quando sei que esse alguém com quem vacilei era meu melhor amigo, a PESSOA com quem passei horas e horas rindo no msn, ou no telefone, quase nunca em corpo presente.
Nunca pensei que um amigo de bate papo poderia se tornar tão importante pra mim (mesmo que ele nao consiga imaginar o quanto). A verdade é que ele não sabe quantas vezes chorei por não saber como agir com ele, ou quantas vezes oprimi meus sentimentos por não querer perder a amizade que era (é) valiosa pra mim, ou ainda quantas vezes briguei com minhas melhores amigas por julgar ele mal. Tão importante pra mim.
 E o íncrivel de tudo, é que por mais que eu tente explicar o porque de tudo, as palavras que eu organizo com tanto esforço soam fracas, porque palavra nenhuma é capaz de descrever um sentimento, imagina um misto de sentimentos? Eeu até que tentei sufocar algumas mágoas que ficaram, deixar delado e cultivar algo bom, mas sou só mais um ser fraco, que não em controle sobre as próprias emoções e, direta ou indiretamente age na intenção de se proteger, ou não se magoar ainda mais.

Vou ser mais direta:

A questão é, eu errei eu sei, peço desculpas. Mas se errei não foi sem motivos, e se você acha que foi sem um motivo de grande importancia, acredite, há tanta coisa que me levou ao erro que se VOCÊ pudesse entender sentiria tudo o que senti e sinto e teria pena de si mesmo.
Falar o quanto você me faz falta não adianta, porque pelo que pude conhecer de ti em 10 meses pude perceber que certas atitudes levam a um caminho sem volta, e eu escolhi um desses caminhos por pura distração, imbecilidade ou fraqueza mesmo. Você faz muita falta pra mim pessoinha, e não imagina como eu me sinto por estarmos nessa situação. Talvez você não sinta tanto quanto eu ou não sinta nada, ou nao possa imaginar como me sinto, ou possa pensar que é tudo um monte de palavras inúteis e mentirosas. Talvez você não tenha me conhecido o bastante pra saber como me sentia com relação a você, ou talvez você nem se incomode com nada. Mas só eu sei como eu sinto sua falta, e como você faz falta.
Sei que provavelmente você não chegará a ler esse texto tão desastrosamente escrito, mas eu precisava desabafar, e desabafei aqui onde sei que você pode ler, vou fazer por onde te trazer até aqui pra você saber um pouquinho de como me sinto. Mesmo que não adiante mais, e mesmo eu sabendo que você odeia mensagens indiretas, pelo menos você vai saber que eu não estou feliz com o rumo que as coisas tomaram.
Você faz muita falta, e eu já estou sendo incoerente demais pra ser compreensivel.
Talvez você não entenda uma grama da tonelada que escrevi, talvez não adiante, e talvez você nem dê noticias nem sinal de ter lido ou não, de entender ou não, de desculpar ou não. Eu digo talvez, porque tenho esperança de você dar notícia ou falar comigo, ou querer conversar sobre isso mesmo não tendo saco pra isso no momento.
Enfim pessoa, a escolha agora é sua, eu to aqui.

20 de fevereiro de 2011

I love English, that's it!


Well, my classes have started last week, and the first thing that my teacher Sandra Dias asked to me was to write an autobiography to tell her what is my experience with English Language. Here I am to tell you too.

 One day, when I was a kid, I asked my sister to tell me the meaning of one thing that I saw in her papers "I ♥ you" and she told me that it was Eu te amo in English, I thought it wonderfull that I could say Eu te amo and a lot of other things in a different way, so I took my brother's English book and started to read it, first in English than the translation in Portuguese. It was my first contact with English, I think I was 8 years old and it was fascinating to me reading the phrases with the translations and learning new words. The first thing that I said in English was "I like to drink milk" to a friend, and she said: Dione, you can speak English if you want to.
Then, in 2002 I started to study English at school, and it was really interesting, the only class that I spent the hole week waiting to watch. And I remember that there were a collection of stickers from Freegells in 2003, and the stickers comes with a picture, the name in English and the meaning in portuguese, I had a lot of these stickers because I liked English a lot. In 2006 I decided to became an English's teacher because one of my teachers, so I started to study English in an Idiom school called Anglo Brazilian. In 2009 I started to study English at University. Now I'm still studying English, and falling in love again everyday.

That's it! ;)

I LOOOOVE ENGLISH.

4 de fevereiro de 2011

Só um poquinho cansada...

É, é isso mesmo. Estou de férias e estou cansada, dá pra acreditar!? É estranho me sentir assim, porque eu estou verdadeiramente CANSADA. Cansada de me sentir inútil, cansada de estar parada, cansada de não conseguir o que quero, cansada de me ver como uma verdadeira sugadora das posses do meu pai, cansada de não poder andar com meus próprios pés, de não assumir minhas próprias responsabilidades e de ser preguiçosa, cansada de não cumprir as promessas que faço pra mim mesma. Achou pouco?Pode até ser pouco pra alguém que tem tudo isso, que tem sua própria liberdade, que tem independencia.
Não estou mais aguentando isso, eu tenho 19 anos de idade e nunca trabalhei na vida. Certo que nunca tive real necessidade de trabalhar, meu pai sempre sustentou minhas necessidades mais urgentes, mas agora eu sinto que é verdadeiramente preciso. Não que eu não tenha o suficiente, mas o que tenho não é meu, não vem de mim, e eu me sinto um nada por as coisas serem assim. Por eu ter que pedir 2 reais ao meu pai e muitas vezes ganhar um não em troca. Chega a ser humilhante, não é!?
Eu quero trabalhar. Isso é fato. Será que seria difícil conseguir um emprego ou trabalho qualquer pra não precisar passar por essas situações realmente constrangedoras?
O que me deixa ainda mais chateada com tudo isso, é que tem gente que acha que eu gosto de ser assim sabe!? Acham que eu gosto de depender do meu pai e viver as custas dele pra tudo até quando der, o que já ouvi muitas vezes e fiquei com o coração partido.
Não quero precisar passar por isso por muito tempo, mas quando falo em transferir o horário da universidade pra poder arrumar trabalho não deixam, o discurso é sempre o mesmo: mas você vai atrasar seu curso, não tem necessidade, seu pai quer que você estude e depois trabalhe. E eu digo: Ok. e o assunto se encerra. Mas todo mundo tem necessidades consumistas nesse mundo capitalista, e eu não quero mais saber de ter que pedir tudo o que eu quiser adquirir. É disso que eu to cansada, estou cansada de ser controlada, de ter minhas asas cortadas quando eu quero voar pra bem longe.
Não importa o que digam agora, eu vou procurar trabalho de meio turno pra ganhar uma merreca, mas vou começar a mover minha própria vida. Suprir minhas necessidades básicas e tentar salvar algum money pra meu futuro sonho de fazer um intercâmbio. Sei que não vai ser fácil, mas nada na vida é exatamente difícil quando se tem disposição e coragem.
Enfim, desabafei... Talvez eu esteja me sentindo um pouco menos cansada agora.

23 de janeiro de 2011

Oh, dúvida cruel ...

- Parei um pouquinho para organizar meus pensamentos hoje, ou melhor, estou parando agora e cheguei a uma terrivel conclusão: a dúvida é cruel.
Por exemplo, o título que eu havia escolhido para o blog anteriormente é muito utilizado por outros usuários o que fez com que eu tivesse um surto de criatividade na tentativa de ser diferente. Fiquei completamente frustrada quando me vi em busca de um novo título, porque estava na dúvida entre os já batidos 'pensamentos soltos' e 'palavras apenas, palavras pequenas' e 'simples assim', 'loucura qualquer' ou 'sigam as borboletas', trocando diversas vezes até agora, ainda sem ter a certeza de qual eu quero. O que não posso explicar é a aflição que essa simples e boba escolha de título está me causando, por causa da dúvida e da indecisão que eu estou sentindo.
 Aí me pergunto, se uma simples escolha de título me afeta de tal forma, e faz com que eu me sinta perdida, imagina decisões maiores e mais difíceis!? E se for uma situação em que eu não queira decidir nada!? Essa não escolha de decisão já seria uma decisão tomada? Eu não gosto de me complicar mas geralmente eu sou incoerente demais para ser compreensível.
 Só sei que essa tal da dúvida me acompanha sempre, e mesmo quando eu não quero ela perto de mim ela insiste em me fazer companhia. Dúvida atrevida !
E no fim das contas eu tomei uma decisão: tentarei ser menos duvidosa, e mais decidida começando por definir definitivamente o nome do Blog, que vai ser mesmo o meu complicado e embaraçoso 'loucura qualquer'. Agora vou explicar o porque de 'loucura qualquer' para que não fiquem dúvidas quanto a minha sanidade.

- Escolhi esse título por causa de uma música de título 'Tudo Bem', muitas vezes chamada de 'Loucura Qualquer' cantada por Lulu Santos e Ana Carolina. A letra da música me tocou desde o primeiro momento em que ouvi, e ela diz o seguinte:

Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
E quantas atirei
Tanta farpa, tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é so easy se viver
Hoje não consigo mais me lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tantos bons, quantos maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
- Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer -
Encostar no teu peito
E se isso for algum defeito por mim
Tudo bem

E fim, é isso. E tá explicado o porque do título e solucionado meus questionamentos e dúvidas.

21 de janeiro de 2011

Eis que o desafio foi aceito!

O espaço braco é sim assustador, e ainda assim irresistível.
- Admito que desde o ano passado eu vinha alimentando a idéia de criar um blog, e porque não criei !? Muito simples... MEDO.
Mas medo do que exatamente? de escrever é lógico... Como estudante de Letras me sinto no dever de escrever bem, e o que mais ouço (e leio) na universidade é que só se aprende a escrever escrevendo, que a escrita é um processo e que nunca um texto estará bom o suficiente para ser publicado sem antes ser feito um rascunho, uma releitura, edição, reajustes ortográficos e tudo o que for necessário para alcançar as tão sonhadas coesão e coerência. Bom, pra mim tudo isso é muito chato, mas é realmente necessário.
O meu medo em escrever se resume ao fato de eu não ter coragem o suficiente para todo esse processo, por isso decidi tentar escrever algo aqui, nada acadêmico, externar alguns pensamentos e sentimentos, opiniões e críticas, praticar minha escrita e perder esse bendito medo desnecessário. Encaro isso como um desafio, na verdade muitas coisas são desafio para mim porque sou uma pessoa literalmente covarde e medrosa, o espaço vazio na minha frente e o tracinho piscando me assustaram da mesma forma que uma folha de papel em branco e uma caneta.
Enfim, indiretamente já fiz tudo que meus professores pedem que eu faça: reli o texto do começo, troquei palavras que considerei inadequadas e tentei eliminar algumas vírgulas. Não sei se ficou bom mas já é um bom começo, é quase o mesmo que dizer: ACEITO o desafio. Meu primeiro post no Blog. Palmas para mim ! ;)